Quando eu menos espero, vai-se tudo embora
Excelentes tardes com grandes diligências foram por cano abaixo. Umas gramas de saturação junto com falta de vontade fizeram com que tantas coisas fossem pelo cano abaixo, como se tivesse vomitado, seguidamente aperta-se a descarga e vai-se tudo embora com um singelo estalar de dedos.
Antes de se ter perdido estes costumes, era a cumplicidade que permanecia presente no meu ser. As gargalhadas, piadas lançadas sem fim conjeturado, mãos nas teclas de um piano e canções tocadas serviam para talvez libertar os problemas que enchem durante os minutos destas horas de existência, ajudavam a me sentir bem. Atualmente, a sociedade apresenta-se “bulímica” em que nutre hábitos e atividades e quando se farta do que consumiu, joga tudo aqui para fora de modo a não “introduzir-se” no organismo.
Mas eu não posso me manifestar sobre a saudade que sinto destas "excelentes tardes com grandes atividades" porque vão logo dizer que permaneço a aparentar mais do que sinto, que sequer passou tanto tempo como digo.
Aprendi mais uma lição: não me posso ligar excessivamente às pessoas seja por qual motivo for, porque acabam sempre por abandonar a embarcação que estruturam. Não vejo tempestades a aproximar-se da embarcação, mas deixam-na porque acham abominável ficar. Tati(ane), basta não te ligares às pessoas, não te ligues e permanecerá tudo ótimo.
Mas o que é verdade é que sinto saudades das tardes de cumplicidade, de músicas para romper a voz. Quero uma sociedade salutar, por obséquio. Não quero problemas “anoréxicos” que propendem a deixar-me com bulimia de tudo e mais alguma coisa.
Este silêncio que brada tão alto...