Busca
Buscar o sentimento
“Aquele”, que mora dentro,
Há muito habita, intenso:
Esmagado, não por acaso,
É gesto de nobreza, de força mesmo...
Achar essa força, sê-la!
Correr para o mundo, gritar aos quatro ventos...
É! Quero libertar-te, força!
Libertar-me, liberar...
Não pensar, só sentir...
E a cada dia aprimorar,
Continuar com a busca. Intensa sensação de liberdade...
É mais forte que eu!
Eu sinto tanto não ter tido... Antes força... Agora, grito.
Antes fosse eu desconhecido!
O que quero?
Quero fome, sede e gozo...
Um sussurro, um grito amoroso...
Quero tudo, quero nada...
Quero ver-te: quero uma vertigem adocicada...
Lamber o seu suor, escorregar entre seus dedos.
Buscar o sentimento, a libido sem desespero.
Esquentar e te aquecer, esquecer que existe o mundo.
Correr para o seu abraço, amanhecer a seu lado...
Deixar que o tempo nos diga o tempo que devemos ter...
Inocentes?
Deixemo-nos ser o que somos,
Adormecer como dois gomos, unidos por uma só casca...
Sim, a vida é isso:
Abrir a porta e descobrir o que habita!
Afinal, somos o que somos,
Remando contra a correnteza,
Contra a dureza do dia a dia,
Mudando as dimensões e os rumos,
Deixando a luz entrar...
Dando força ao sentimento...
“Aquele”, que mora lá dentro, já não mais esmagado,
Agora respira sossegado!
Foi um gesto de nobreza, de força mesmo...
Bom mesmo é ver-te sorrir agora!