O AMANHÃ
Hoje a chave do tempo abre mais uma porta. Mostra-se à beira de mim. Traz consigo algumas respostas, mas sempre me pergunta pelo o amanhã. E o que será o amanhã? Não importa! O cadeado fora aberto quando nasci! Aos poucos seu metal se modifica. São as experiências do tempo. O manifesto natural de uma jornada de vida. Ah! E por falar em vida, quem sabe amanhã eu deixo de existir, ou simplesmente renove minha existência, sendo apenas o que preciso ser: sem pente, maquiagem, sem carro, sem uma carteira capaz de comprar o mundo, sem alguém para ser dono de mim ou alguém que se faça meu fantoche conduzido por minha fala opressora quando meus desejos se tornarem onipotentes.
Neste precipício de idas e voltas, descontentamentos indicam uma forma de repensar, e se um leve giro a chave for lançado, amplia-se o novo caminho agora limitado pelo calor do sol que repousa sobre a linha do horizonte, onde edifícios de concreto, vias com seus viadutos e suas correntes elétricas cedem espaço às montanhas esverdeadas, traçadas em reta quando os olhos enxergam além de um metro.
Mas mesmo assim, insisto em dizer: o que será o amanhã? Vou tentar uma resposta: o amanhã será uma consequência do hoje! Será tudo que puder ser! Será como o sol, sempre brilha em algum lugar! O sol que orienta o caminho certo para quem se vê perdido, o maior de todos os pontos construído ao longo do tempo.