Cooper
Adoro essa atividade. No início da semana passada voltei a pratica- la. Nos bons tempos corria sete quilômetros, hoje, me contento com meus míseros três.
Ah! Os bons tempos!
Lembro das conversas que tinha com minha namorada nessa época sobre nossas formas de encarar o exercício em questão. Uma delas específicamente tornou- se referência quanto a maneira de encararmos nossa relação.
Ela dizia que eu (para praticar o cooper) simplesmente saía correndo e, com o tempo, ia me adaptando as necessidades do exercício. Já ela, por outro lado, preferia primeiro se informar sobre o assunto, começar andando e só então correr.
Estilos diferentes de personalidades que, aliado a alguns erros, culminaram em nossa separação.
Eu achava que meu ritmo forte era o ideal, mas pesquisando sobre o assunto descobrí que o cooper recebeu este nome em homenagem a seu maior defensor, o médico norte americano, Dr. Kenneth Cooper, que acreditava que essa atividade era mais benéfica a saúde do que a corrida por não causar tanto desgaste ao corpo. O objetivo não é nenhuma linha de chegada ou pódio, mas sim manter o ritmo de forma saudável e sem exageros.
Não o fim do trajeto, mas o próprio trajeto é que importa.
É assim no cooper, é assim na vida!
Hoje, quando olhei para o lado enquanto corria, não havia ninguém lá! Me arrependí de não ter "andado" um pouco mais ao lado de minha namorada, afinal, era muito mais fácil eu acompanhar o passo dela, do que ela acompanhar minha corrida.
Mesmo andando, sentia prazer de estar em sua companhia. Agora, só tenho meus calos e a endorfina.