Análise
Estava a poucos passos do precipício, talvez nem um. Veio alguém e terapeuticamente disse:
- Eu pensei que você fosse perfeita, mas você não é, claro! E tinha tudo pra ser. Mas sabe porque você não é Ana?
Lentamente respondi que "não" com a cabeça.
- Porque você não se respeita, não se permite. Só por isso!
E eu fui empurrada dali, cai no precipício. Não havia pedras, nem água de mar batendo nelas, não havia escuridão... Havia flores, todas elas, muitas delas, a desabrochar ainda. À minha espera e eu cheguei...
Foi numa sessão daquelas que entrei nesse processo de descoberta.
Nenhuma das flores murcharam, nem secaram. Faço tudo com muita cautela: nem água demais, nem de menos, nem muito sol, nem muito adubo.
Aprendi a me respeitar, a me permitir e passei a respeitar ainda mais todos a minha volta.
Sou só primavera nesse meu precipício de paz.
Uma sessão daquelas eu não poderia esquecer, tive que compartilhar.