Análise

Estava a poucos passos do precipício, talvez nem um. Veio alguém e terapeuticamente disse:

- Eu pensei que você fosse perfeita, mas você não é, claro! E tinha tudo pra ser. Mas sabe porque você não é Ana?

Lentamente respondi que "não" com a cabeça.

- Porque você não se respeita, não se permite. Só por isso!

E eu fui empurrada dali, cai no precipício. Não havia pedras, nem água de mar batendo nelas, não havia escuridão... Havia flores, todas elas, muitas delas, a desabrochar ainda. À minha espera e eu cheguei...

Foi numa sessão daquelas que entrei nesse processo de descoberta.

Nenhuma das flores murcharam, nem secaram. Faço tudo com muita cautela: nem água demais, nem de menos, nem muito sol, nem muito adubo.

Aprendi a me respeitar, a me permitir e passei a respeitar ainda mais todos a minha volta.

Sou só primavera nesse meu precipício de paz.

Uma sessão daquelas eu não poderia esquecer, tive que compartilhar.

AnaNunes
Enviado por AnaNunes em 06/09/2009
Código do texto: T1795765
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.