Ao menos penso
De repente, não mais que de repente. Minha vida mudou, virou e torceu a palidez que um dia me ateve; algo nodou, embriagou e nocauteou minha mente.
Estudo o pensar com ares de sábia, sabia a história dos olhos da gávea, navegando lenta, sôfrega e demente. Impressão de morta apenas passava, mas não sabem alheios olhos, dos dedos que se movem, da boca que mastiga e da alma que comove.
Estou mais viva que a viva alma da morte e nunca antes pude enxergar a lua pálida, ser mais importante que qualquer sorte.
Deveres os tenho por mais que lhes ignore a existência e nada posso que quero, pois o que quero nunca posso e o que posso não abriga-me felicidade. Logo, no fim da roda, se apaixona a mente e gela o coração. O que fazer, me sacia a ilusão, me corroe a verdade, como àcido no peito... Maldita vida perfeita, cheia de boas intenções e sorte alheia.
Bom... ao menos penso a felicidade.