Livre arbítrio
Eu busco em seus olhos a estrela que caiu do céu na noite passada
mas encontro somente o julgo aflito do seu peito em desespero.
Suas mãos pairam sobre o meu vazio como se fossem acarinhar minha dor, mas sua alma nobre apedreja os sentimentos mais íntimos que brotam da minha essência.
Quero gritar, mas é preciso calar... E choro mares de silêncio.
Quero sair, mas é preciso ficar... E pago a pena sentenciada.
Quero a paz, mas é preciso lutar... E morro com a espada nas mãos.
Perco a chance de ver outra primavera,
porque a estação que me ofertam, é o inverno dos corações.
Perco a hora de estar no amanhã,
porque o passado é quem dita as regras e o presente não vale um vintém.
Perco o eclípse da lua e todas as estrelas que caírem do céu,
porque meus olhos devem percorrer o chão de outro trajeto,
buscando suas pegadas, seguindo suas leis.
Livre arbítrio ?
Escolho o abraço, mas te vale mais o beijo.
Minha escolha ?
Quero o azul, mas no ar só tem vermelho.
Poesia On Line
04/09/2009