conde da desilusão ou diplomata da paz

ja fui conde da desilusão,

nos momentos de solidão,

em que caminhava,

por tortos caminhos,

labirintos de dor,

ainda faltava-me o certo,

ainda faltava-me o amor,

e em certa medida,

o verbo para se expressar,

hoje sou mais,

um diplomata da paz,

criei normas,

regras pra mim,

na verdade,

só as peguei emprestadas,

deste mundo de Deus,

procuro hoje ajustar a trégua,

entre mim e mim mesmo,

entre minha mente e o meu coração,

entre eu e os irmãos,

sou hoje o trabalho de diplomacia,

sou doutor das leis sobre mim,

sou advogado de mim mesmo,

e o autor de meus autos,

de meus processos do amar.