Vida no campo ...



Se fosse possível traduzir, a harmonia das formas e cores, que vejo ao longe... Na perfeição das montanhas matizadas em verdes, apoiada em azuis e iluminadas pelo sol.

A natureza mutável, renova  a certeza: Viver é divino,   ser parte do todo e fazer diferença... Essencial.




Assisto o boi em seu passo lento e firme. Mal nasceu o dia, o pesado animal, iniciou sua jornada rumo ao topo. A escalada é íngreme e o acesso difícil. Mas ele não esmoreceu, seguiu adiante o dia inteiro, sob o sol forte e o calor intenso.
No cair da tarde, ele pasta no cume da montanha, saboreando o frescor da noite que se aproxima. Será que a relva, lá em cima é mais macia?  Será tão especial, que valha  a pena tanto esforço? Não acredito.


O boi simboliza a persistência e coragem de enfrentar os obstáculos. Cabe ao ser humano, entender e adaptar suas lições.
Quando penso em desistir, revejo o caminho do rebanho e me aquieto. Sigo adiante
.




Nunca imaginei que houvesse  tantos tons de verde, nunca imaginei que o ser humano fosse capaz de queimar tal pintura viva. No entanto, o fogo consome diariamente a beleza ,  transforma tudo  em restos negros e tortos.  Expondo em valas abertas, a garganta cortada da mãe terra, que sofre em silencio



 
A terra  é justa com o trabalho do lavrador. Devolve em  alimento, a semente regada  pelo suor, do homem simples, que respeita os ciclos do plantio. 
 



O vento da montanha sopra, embalando as roupas no varal. São fraldas, uniformes, vestidos e calças, camisas recém quaradas. .. E nas cordas estendidas, o tempo dança ao sabor do vento... E  os panos tremulam, contando histórias.



Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 02/09/2009
Reeditado em 17/11/2009
Código do texto: T1788367
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