Das coisas que gosto...

Gosto dos contrastes, mas não dos opostos, porque os contrastes mostram que existem diferenças e os opostos tem certeza delas.

Gosto da dúvida, porque nos dá liberdade de mudar de idéia... e mudar de idéia é olhar as coisas por outro prisma.

E gosto dos prismas, porque nos faz lembrar que existem sempre outros lados...

Não gosto das polaridades mas gosto da linha tênue que difere uma coisa da outra,sutileza.

Gosto dos laços, mas não dos nós. Mas eu deveria gostar dos nós, porque amarram e ao mesmo tempo sustentam, os laços se desfazem quando uma das pontas foi puxada. Puxaram a outra ponta e eu nem vi...perdi o enlace.

Gosto do susto, mas não do grito, porque o grito me assusta, mas o susto me estala a consciência e isso é "se dar conta".

Gosto de me dar conta, mas não de prestá-la à alguém, porque o que é da minha conta é meu, de mais ninguém.

Gosto do silêncio dentro de mim, mas fora, prefiro a música porque a música silencia minha mente mas fala à minha alma.

Gosto do escuro, mas também da luz, porque um lembra o outro, se alternam, se atravessam e escondem coisas um do outro. O que vemos de dia não é da mesma forma como vemos a noite.

E a noite desperta coisas que deveriam ficar para sempre adormecidas,e o dia revela os sonhos sonhados à noite, pois se não houvesse noite não seriam sonhos, seriam pensamentos.

Esses eu não sei se gosto, pensamentos são entidades com vida própria que nos invadem o tempo todo...selvagens, negativos, otimistas demais as vezes, inventivos, pecaminosos, sarcásticos, construtivos, sonhadores... não sei...não pensei muito sobre isso.

Giovana Rossa
Enviado por Giovana Rossa em 01/09/2009
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