Simplesmente um dia

Acordei de manhã logo cedo, levantei e à janela me dirigi. Olhei o céu, estava lindo como sempre, mas hoje estava completamente azul, sem nenhuma nuvem. O sol brilhava radiante e aquecia meu rosto como um toque suave de carinho. A brisa soprava e fazia meus cabelos se esconderem em meu pescoço me pedindo cuidado. Ouvia apenas o doce som das árvores que se movimentavam com o vento mostrando que ali estavam. Era um dia comum como qualquer outro, mas algo o diferenciava, algo maravilhoso. Um sonho realizado.

Fechei a janela e encostei na parede. Não conseguia nem ao menos acreditar no que via. Sorri e olhei para baixo. Logo um friozinho na barriga me pegou. Tudo era tão incrível, que chegava a ser indescritível. Era tudo maravilhoso, impossível ter defeito algum. Caminhei até os pés da cama do meu quarto e sentei-me. Algo me dizia que precisava acordá-lo, mas achei muito egoísmo da minha parte, logo a coragem me faltou. Cheguei mais perto, era lindo vê-lo dormir. Coloquei uma das mãos em seu rosto de leve, que acabou deslizando por seus cabelos como um toque automático. Tinha uma vontade imensa de abraçá-lo, mas respeitei a sua de querer estar ali naquele momento desfrutando de um descanso.

Levantei e me arrumei, de uma maneira simples, mas ao mesmo tempo tranqüila e aconchegante. Fui fazer o nosso café da manhã. Apesar de saber que ele não era acostumado com este tipo de lanche matinal. Preocupei-me com cada detalhe mesmo que mínimo com medo de que ele não gostasse de algo. Frutas, chá, leite, sanduíche e uma decoração simples, mas ao mesmo tempo, que chamasse sua atenção.

Estava super distraída, quando uma surpresa me ocorreu. Quando olhei para traz, vi, meu amor com aquele sorriso no qual fez eu me apaixonar. Que lindo, seu sorriso brilhava com a intensidade das estrelas, que não machucam os olhos e faz quem as admira delirar por sua beleza. Era impossível não perder a concentração que tinha, mesmo sendo muito importante o que eu fazia naquele momento. Logo fiquei estática e sorri baixinho como se pedisse aquela permissão desnecessária para correr em seus braços e lhe oferecer aquele abraço e o beijo como gesto de carinho de inicio de dia.

O abracei forte e o beijei naquele momento demonstrando meu amor eterno e medo de perdê-lo. Ele me correspondia intensamente, o que me fazia feliz e me deixava completamente agradecida a Deus pelo maravilhoso presente que ele me enviou.

Sendo um final de semana, após tomarmos nosso café da manhã, poderíamos fazer o que quiséssemos. Logo, ficamos em casa. Assistimos filmes e séries, japonesas e coreanas por sinal. Comemos pipoca e ficamos juntinhos, o que me alegrava cada vez mais. A manhã se passou e nem vimos, já era hora do almoço. Estávamos com fome, mas não queríamos almoçar, resolvemos fazer um lanche. Coisa que quase não fazíamos por conta de nosso controle, tanto da minha saúde quanto da dele. Fizemos a maior bagunça, mas deu tudo certo. Somos um casal tão perfeito que nos divertimos juntos o tempo todo, até mesmo fazendo um lanchinho de substituição inadequada de almoço.

Passamos a tarde em casa. Terminamos de assistir nossos filmes, apertamos o gatinho, que por sinal é muito fofo e é nosso filho e ficamos juntos no silêncio da tarde, apenas por ficar, conversamos e por demonstrações de carinho de um casal completamente apaixonado, demonstrávamos a intensidade do amor que sentimos um pelo outro. Como sempre, a tarde voou. Já era noite. Eu e meu amor ficamos na sacada, observamos as estrelas nas quais adoramos muito, tanto seu brilho intenso quando a imensidão de sua existência. Rimos da cara um do outro até alguém resolver dizer pare! Era incrível como nos divertimos tanto juntos. Coisa que era completamente natural. Somos duas pessoas únicas, somos o significado do verdadeiro amor, somos um exemplo de casal.

Eu o observava e viajava nas nuvens com seu jeito de ser, era maravilhoso vê-lo falar e olhar para mim. Cada palavra, gesto, carinho e atenção que ele me dava, fazia eu me sentir como se nada existe, apenas só nós dois ali, desfrutando daquele momento no qual jamais queríamos que terminasse. Como se o mundo fosse pequeno em relação a nós dois e à nossa eterna cumplicidade.

Quando o final de noite apareceu e a hora de dormir chegou, entramos. Fomos para o quarto, deitamos um ao lado do outro, bem juntinhos e abraçados esperando o sono chegar. Não demorou muito para os nosso sonho nos abraçasse, nos fazendo ter a certeza de que somos um e nos levar para dimensões incríveis além de nossa própria existência onde encontramos a eternidade de nossas vidas e vemos que somos uma inexplicável paixão e o que sentimos um pelo outro é um amor eterno, incondicional e indescritível.

Versão individual de Jessyka Hirahara, com intertextualidade no texto de Johnny Chan: “Um dia normal”.

Hikari Sugiura
Enviado por Hikari Sugiura em 01/09/2009
Reeditado em 02/09/2011
Código do texto: T1787084