Infernos Pessoais;
E na verdade onde ficam os nossos infernos particulares?
Eu certamente poderia imaginar qualquer maneira saudável para justificar os meus infernos, mal entendidos, coisas sem querer ou qualquer outro argumento que amenizasse o que eu havia feito ou construído de má fé.
Mas na realidade eu não posso negar os meus defeitos perante mim mesmo, por isso devo dizer que meu inferno particular talvez seja completamente justificável e que a minha vaidade inflável assim como meu ego supervalorizado talvez ou completamente sejam os motivos do fogo, da água ou qualquer que seja a tortura que minha alma esteja predestinada.
Não digo que admito meus defeitos com tanta precisão, pois assustaria até mesmo a mim. Saber a capacidade que minha mente e minha alma conseguem produzir maneiras intermináveis de maldades subseqüentes a qualquer um ou a qualquer situação que me fizesse usar esse artifício de pratico efeito.
Nem digo que mediante as provações de proporções inimagináveis eu estaria lúcido o suficiente para negar esse poder, e que jamais o rejeitaria tendo completa consciência que perante o ponto de ter, mesmo que dessa forma algum poder capaz de interferir ou suprir qualquer sentimento de vingança, sob essas perspectivas eu não teria a capacidade de negar que me atrai, sim, atrai-me imensamente.
Mas eu tenho me mantido fiel a algumas idéias imaginárias, e estando fixo a algum ponto qualquer sinto que posso me manter puro, pelo menos o suficiente para não ter de recorrer a qualquer um desses subterfúgios, e que ser o herói que nega a maldade seja o suficiente para prosseguir.
E assim como qualquer herói, também sou pego em avenidas de perturbações e, nada, absolutamente nada me garante que eu possa fugir ou simplesmente desviar do que se encontra nas esquinas da minha vida ou no fundo dos meus pensamentos inerentes.
E talvez, somente talvez, esse seja o meu inferno pessoal, manter-me puro quando tudo mais parece querer queimar.