"SIMPLESMENTE COMUNS"

Quando estou diante de uma folha de papel, me esqueço do tempo,me entrego ao espaço que criei em torno de mim mesmo e mergulho em um mundo que não é o meu.

Descrevo segredos que não confesso,conto aquilo que não tenho como viver,amo como nunca amei, sonho como nunca sonhei.

Me faço fragil, sem medo da vergonha que eu possa sentir, sem me importar com o que pensam os donos da verdade, os vigilantes do sentir alheio.

Me entrego a doce missão de depor sobre sentimentos humanos capazes de transformar para o bem ou para o mal, a sequência da vida.

Como é bom trazer a tona atraves das palavras o que esta oculto, o que não se deixa mostrar no dia a dia, marcas de desencontros, que mesmo na distração do momento, consegue trazer a beleza do humano, que mesmo nas suas limitações se torna divino.

Venho de vez em quando desafiar a rotina, deixando a risada solta me lembrar que a vida não é um peso quando se tem a força do alto pra nos empurrar.

Escrevo o que penso, o que sinto, pois acredito ser filho da vida, das suas indas e vindas, dos seus encontros e desencontros, dos solavancos, das levezas, das suas encostas, dos seus caminhos.

Sou filho da estrada que contrui, e que vou percorrendo sem medo de ser feliz.

As linhas descritas por mim ou por alguém, me traz sempre a vontade de somar a capacidade que temos de conduzir nossas mãos, fazendo assim a magica de transformar caracteres em historias, poemas, contos, prosa e versos que emocionam e que fazem a s pessoas irem a lugares nunca antes imaginados.

Os fragmentos que vivemos, sejam eles pouco ou muito, bons ou maus; não importa, o que conta no fundo, é como lidamos com eles, e o que fazemos deles na vivencia que testemunhamos.

Acordar, levantar, trabalhar, perder, ganhar, voltar pra casa e ao se deitar ter a certeza que mesmo nesse mundo complicado, encontarmos a simplicidade de ser simplesmente comuns.