ENTRE ASAS E ÂNCORAS
Por uma benevolência interior e existencial muitas pessoas chegam a acreditar que necessitam carregar âncoras. Aos poucos e sem notarem, começam a arrastá-las e, por conseguinte, a sentir um peso morto que acaba por afundá-las no mar da vida. As âncoras começam a puxá-las para baixo e impedi-las de voar. Outras pessoas, depois de um tempo engolindo água e quase se afogando, passam a perceber que não nasceram tão benevolentes para passarem sua vida carregando âncoras e beirando o afogamento. Percebem que o medo, o comodismo, a falta de pró-atividade e de necessidade da liberdade pessoal, fazem com que as âncoras se tornem inertes pelo resto da vida. Pessoas que são âncoras serão eternamente âncoras, prontas para afogarem pessoas com asas! Eu tenho asas e vôo apenas com pessoas que têm asas! E as âncoras que passaram por mim... morreram afogadas!