Andarilha da vida. Garimpo por onde passo. Mas o que me é precioso, pode ser um simples abraço. São como as conchinhas na areia, tão belas e únicas na simplicidade, mas me dizem muito mais que diamantes e vaidades...

São essas minhas minas, são os diamantes que falam à alma, são achados que guardo numa caixinha com muito cuidado. Pois valem mais que diamantes... na verdade, não há preço, apenas apreço...

Confesso, não está cheia como deveria, ou até talvez nem devesse mesmo estar, pois são jóias raras que tantos poderiam querer guardar, mas podem ser minhas sem serem únicas e é esta a grandeza, repartir o que me é valioso, mesmo que para tantos não tenha a menor nobreza.
Essa caixa é coberta pelo linho do carinho, o laço de admiração e o aconchego do forro do não está sozinha.


A caixinha é rústica como sinto a minha alma, mas cheinha de refinada sensibilidade de tudo e de todos que nela deixo guardada.


(Taciana Valença)