QUANTAS VEZES
Quantas vezes cala
a dor no peito,
ao percebermos um olhar de horizonte
inventando, talvez, novos caminhos?
Quantas vezes fere e cala a voz,
por desconhecermos
o motivo da impaciência?
Quantas vezes sangra o verso
diante da folha em branco, antecipando
a dor da iminente partida?
Quantas vezes olhos reciprocamente
perplexos se perguntam
Na vida, nos sonhos
aonde foi que nos perdemos?
Helena da Rosa