ADOLESCÊNCIA

Nesses templos de pedra e cimento de fortes ventos

As brisas e os tormentos.

Corpos a pedir socorros nessa liberdade consentida

Momento de solidão ao passar por ti.

Nessa mesmice aguda, sentindo a explosão do sentimento.

Sentir essa dor de crescer sozinha e desamparada

Perdida em sentimentos desorientados

Querendo um amanhecer colorido inesperado.

Sonhando com o futuro e vivendo do passado

Adolescência meu sentido de viver

Na busca de algo ainda não falado

Na presença daqueles que um dia foram desesperados, adultos mascarados.

Agora se julgam os donos do mundo ao meu lado

E a você julga uma criança rebelde e sem razão.

Queira-me sempre ao seu lado, agora como manteiga no pão

Amanhã como amigo ou um irmão

Sou a vida daqueles que procuram uma resposta pra tudo

Aqueles que se arriscam por tudo ou nada com razão

Aquela que quer sempre ser a mais amada ou falada

Ser a mais inteligente e misteriosa das rodas de conversas

A mais atenciosa.

Essas amizades de brevidade eterna

Tão duradouras quanto o brochar das rosas no amanhecer

Dessas primaveras ao verão de dezembro.

O retorno das aulas,

Minhas amigas encontrar, as novidades das férias podem falar.

Esse namoro passageiro, aquela paquera eterna

A sempre troca de olhares até meu primeiro beijo

O sentimento que duraria pra sempre mais acabou de acabar

Ser outra pessoa

Minha família complicada jamais me entenderia

Essa absoluta certeza de estar errada, mesmo que todos digam que estou certa.

Bem como certa, quando dizem que estou errada.

Parece à busca da dor e não da felicidade.

Acordar todos os dias com uma idéia diferente de tudo que me cerca e me envolve

Não aceitar minha mãe e meu pai

Como eles podem errar tanto ao meu respeito.

Eles não me conhecem.

Eu não me conheço.

Sou essa adolescente e mais nada.

LaBella
Enviado por LaBella em 06/08/2009
Código do texto: T1739685
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