COISAS DA ALMA





Muitas pessoas adoram confrontos. Algumas vivem deles, simbolica ou literalmente. Parecem almas prontas para o eterno duelo.


Sempre preferi a gentileza ao embate. Não perco mais tempo em monólogos travestidos de diálogos de surdos, onde os interlocutores não querem, nem estão abertos a compartilhar suas idéias, mas a impor verdades!


Meu tempo é precioso demais para ser desperdiçado com quem acredita em monopólios. E abomino quem colecione respostas e certezas (aliás a loucura é feita delas).


Não sei quase nada da vida. E esse não saber me ajuda a entender a dimensão da minha humanidade e dos meus limites.


Se minha natureza é gentil e fora de esquadro, em tempos egocêntricos e extremamente competitivos, pago o preço. Nado contra a corrente e confesso, gosto disto.


Prefiro contrariar o que é esperado de mim a ser o que não sou ou o que acham que devo ser.


Entretanto, apesar de gentil, não sou previsível. Mudo de idéia. Mudo de ritmo. Mudo de ares. Mudo mais do que imagino! Nem sempre consigo me acompanhar. Algo parece estar o tempo todo além de mim. E é através do que me escapa que estas frases surgem na tela.


E isto é um dos maiores prazeres que retiro da vida.


Cada um oferece o que abriga sua alma. Talvez, o que tenha de melhor apenas a palavra conheça.






(*) Imagem: Google


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Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 06/08/2009
Reeditado em 08/08/2009
Código do texto: T1739058
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