Tudo num balaião

Quem sois vos? Quem sou eu?

Quem sabe descrever a si?

Há quem descreva com excelência, estes acreditam no que escrevem, isso lhe basta

Há quem descreva como se escreve contos, contos poéticos, de fadas, delongas e plausíveis palavras ao que se diz sou este

Este não existe se não existir quem o diga! E se o diz, diz o que quer ouvir, pois poucos se atrevem a verdade.

Mas não estou aqui para isto julgar, apenas para expressar o meu ponto de vista em relação a essa pergunta meio que sem resposta.

Então eu pergunto

Quem sois vos se não um sopro de vida?

Quem sois vos sem platéia alguma?

Deus é tudo que agrega amor

Quem sois vos se a este sentimento ignoras?

Quem sois vos que se diz absoluto, porém nada sabe e nada se quer aprendeu se não aprendeu a amar.

Amas com tudo que tem, amas como ama o amante de acessórios, horas coloca a calota horas rodas de liga leve. Horas passa-se o batom, horas a manteiga de cacau, tira e põe sem qualquer problema, são apenas acessórios.

O amor não se usa desta maneira, tal maravilha natural vem daquele que se fez por este sentimento, e quem sou eu para explicá-lo logo se nem sei ao certo senti-lo?

O amor perdoa, eu já não sei perdoar

O amor não guarda rancor, eu já não sei mais tolerar

O amor aviva, constrói e se recomeça e eu já não sei mais recomeçar

Mas sei que Deus ainda existe, não Deus de balelas, mas Deus que tudo vê, tudo pode e que sua justiça é do tamanho deste amor que lhe é proveniente

Este é o nosso medo, rs

Tudo num balaião.