Caminhos
Não há um dia sequer que aquela simples, porém intrigante sensação de duvida não nos alcance.
O que mais atordoa nessa simplicidade é a falta de resposta. Quando começamos a nos perder? Por que nos perdemos? Até quando nos perderemos?
Nenhuma destas perguntas tem uma resposta certa, a única certeza dentro delas é que o bem causado pela incerteza é indescritível.
As vezes tudo o que precisamos para encontrar a nós mesmos, é perder-se no mundo: esquecer o que os outros fizeram de você, e se lembrar de quem você realmente é; esquecer o que é o certo a fazer, e se lembrar do que você quer fazer; esquecer da máscara que vestimos para se proteger, e lembrar-se de sua verdadeira face cheia de medos e inseguranças; esquecer de como você teve seu coração partido, e lembrar-se do bem que o amor lhe faz; esquecer da seriedade de ser adulto, e lembrar-se da felicidade presente no sorriso de uma criança; esquecer de como alguém te fez sofrer, e lembrar-se de quando você precisou ser perdoado; esquecer de quem te derrubou, e lembrar-se de quem estava lá para te levantar, esquecer de como algumas pessoas deixaram um vazio em sua vida, e lembrar-se dos amigos que sempre estiveram lá para curar a ferida.
Todo o dia de um jeito ou de outro, a gente acaba se perdendo, porém a cada segundo que ficamos perdidos, encontramos valores que antes pareciam falidos.