VOO AO PASSADO
A fotografia estampada em papel, denuncia momentos já passados, são trechos, vestígios da história.
O passado e a saudade são tatuagens do cérebro, marcas no coração. É a prova da realização de momentos em que os passos deveriam ser mais lentos, diante da satisfação de vivenciar o real valor da convivência somada a outras.
Vida, viola, violão, audácia ou simples aventura?
Quantas vezes caí sem querer levantar-me, por temer nova queda, e quanto tempo perdi, por querer somente acertar. É, me desgastei, matei leões, chorei... Fui lançado e muitas vezes alcançado por pedras arremessadas em minha direção.
Escrevi, mas a borracha apagou as verdades e inverdades testemunhadas por mim, onde muitas vezes fora praticadas em prol de falsas ilusões.
Queria conhecer o mundo, porém esqueci de me conhecer, saber quem sou ou o que sou!
Quantas vezes à galope fugi sem destino, apenas acompanhado pela coragem que ostentava a bravura consagrada de meus atos, sempre planejados, merecedores de regras impostas e adotadas pelo inconsciente.
Regras que me fizeram prisioneiro de um mundo de descasos e pouca compreensão. Assim me reconheço nas ruas relatando histórias que não são apenas minhas.