Bobagem Filosófica
Um relógio gira entre os seus raios. O mundo gira sobre os seus ponteiros. A América latina ficou velha. Velha. Velha. Velha. – estamos velhos.
Tão velhos, que ficamos caretas. Tão velhos, que ficamos com tédio. Tão velhos, que ficamos modernos. – como um relógio antigo. – e tic-tac’s. Tic-tac’s. Tic-tac’s.
Bossa Nova e Samba. Rock e Pagode. For-all/Forró e Capoeira. – É cultura. É cultura. – É cultura. Quem sabe, com um pouco de drama.
Luz! Luzes! Cruzes! O tapete é vermelho. O sangue é azul. E a festa? e a festa? Ah, que festa! ah, a festa! – Perdemos a festa. – aliás, sequer fomos convidados.
Na peça, a bailarina que dança entre os sonhos. – muitos dos quais não sonhava. Baila entre si – e somente em si – sua valsa. A dança – sobre o campo minado.
A peça? – peça. A Prece? – a-presse. Ora, a pressa. Apresse o passo moça. Pois o Canibal devora seus filhos. (!)
Todo mundo é louco por dentro. Todo o mundo toma Coca-Cola! “toma! toma! toma! toma!”. Toma que é teu! É teu o teu controle. – “Programa na programação! Bata palmas na platéia!”
Nem caiu a ficha, mas caiu a ligação!
(Ismael Alves)