Noites frias

Nas noites frias e desoladas longe do amor

Ao colocar a vida em silêncio ao meu redor

Calando os sons perturbadores da solidão

Arranco a luz dos objetos frios e sem vida

E deito-me sozinha para pensar no que vivi

O arranha-céu de dor mais uma vez cresce

As lágrimas, únicas expectantes nos últimos tempos

Insistem em se fazer presentes a embalar meu sono

E escutam meu pedido para logo adormecer

Pois sabem da dor que quero afugentar

Apenas passar pela tempestade e resistir

Chegar ao fim da vida, ainda que mortalmente ferida...