Milhões de noites de solidão

Quantos sonhos contidos,

Mortos um à um na caminhada

Queria tudo

E me contentei com migalhas

Eis-me aqui só e com frio

Os dias passaram voando

A juventude ficou no passado.

Os beijos não dados

Os corpos congelaram

Nada é o que me autorizei

E a paixão universalizei

Pela vida, pessoas, cores..

Infeliz?

Não, é pesado demais..

Soliária?

Sim, infinitamente

Corpo pouco tocado e já flácido

Boca sem beijos.

Luxúria, só nos livros

O que me permiti

Trabalho, amores aos pedaços,

De verdadeiro e incndicional

Filhos, pais, irmãos, amigos

E milhões de noites de solidão!

Flor do Córrego
Enviado por Flor do Córrego em 25/07/2009
Reeditado em 25/07/2009
Código do texto: T1718400
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