Eu não sou um canarinho
É tão estranha a maneira pelo qual enxergamos as pessoas...
A falta de compreensão das inúmeras formas de ser e agir pode nos isolar de várias delas.
É como se para formar uma paleta de cores, olhássemos apenas o que queremos ver.
Como se; para construir nossa árvore de amigos, tentássemos encontrar nas pessoas, apenas o que nos falta, o que queremos absorver.
Ao invés de aceitarmos as pessoas tentamos moldá-las como melhor nos convém.
Ao invés de deixar que elas nos mostrem o que são, formamos, precipitadamente, o que desejamos que elas sejam.
E somente quando esses pássaros deixam ecoar seu som, deixam entoar seu canto, é que nos damos conta de que a linda ave que colocamos em nosso cativeiro de poder não era o canarinho que queríamos em nossa gaiola.
E sim, um lindo condor, que não quer estar a mercê de nossa dominação. Ele quer alçar vôos para bem longe de nossa intolerância.
O que estamos fazendo com as pessoas à nossa volta?
Ensinando como é que elas devem ser ou deixando que mostrem o seu interior?