Minha justificativa
É impossível definir, reduzir.
Também não posso ampliar – é proibido.
A luta, entretanto,
é para que um dia você queira me conhecer.
Gostaria de um encontro breve, ao menos.
Mas seria eterno à minha memória, tenho certeza.
Perco-te.
Peço-te;
perdão.
Não é possível prosseguir ao ritmo em que eu estava.
Minhas paixões são desenfreadas; descontroladas;
Quase obcecadas.
A energia – aquela,
Da qual me perguntaste outro dia...
A sua, me parece maravilhosa.
O problema está na minha...
A minha essência não aceita a falta de controle,
e excesso de liberdade do vício da paixão.
E, essa paixão me disseca; me corrói;
Me corrompe.
Sou destruída em vida.
É aberta em mim uma ferida, uma úlcera.
Controlo-me para não te ligar, não te desejar.
Desejo não sonhar com você, não aprender a te amar.
E me contradigo.
Pois gostaria de não gostar menos de você.
Mas sigo, com um tanto de revolta e outro tanto de
Tristeza.
Minha sina é a solidão, tenho certeza.
Controlo-me para não me apaixonar.
Ilusão!
Apaixono-me mesmo assim...
Quero-te tanto bem!...
A minha maneira, na proporção que consigo me permitir,
Te gosto. E muito.
Gosto numa intensidade muito além do que deveria.
Eu, tento fingir que não foi nada de mais...
E, continuo caminhando, a espera de que o pessoal lá
De cima decida o que faz.
Mas não posso ter você perto de mim.
Mas não posso insistir.
Não posso ficar; não posso lutar.
Também não posso fugir.
Permito-me, apenas, te deixar livre para seguir teu rumo;
Encontrar teu verdadeiro amor, tua alma gêmea.
Desejo que sejas feliz.
Desejo, de verdade, que encontre esse amor e siga em paz.