Minha justificativa

É impossível definir, reduzir.

Também não posso ampliar – é proibido.

A luta, entretanto,

é para que um dia você queira me conhecer.

Gostaria de um encontro breve, ao menos.

Mas seria eterno à minha memória, tenho certeza.

Perco-te.

Peço-te;

perdão.

Não é possível prosseguir ao ritmo em que eu estava.

Minhas paixões são desenfreadas; descontroladas;

Quase obcecadas.

A energia – aquela,

Da qual me perguntaste outro dia...

A sua, me parece maravilhosa.

O problema está na minha...

A minha essência não aceita a falta de controle,

e excesso de liberdade do vício da paixão.

E, essa paixão me disseca; me corrói;

Me corrompe.

Sou destruída em vida.

É aberta em mim uma ferida, uma úlcera.

Controlo-me para não te ligar, não te desejar.

Desejo não sonhar com você, não aprender a te amar.

E me contradigo.

Pois gostaria de não gostar menos de você.

Mas sigo, com um tanto de revolta e outro tanto de

Tristeza.

Minha sina é a solidão, tenho certeza.

Controlo-me para não me apaixonar.

Ilusão!

Apaixono-me mesmo assim...

Quero-te tanto bem!...

A minha maneira, na proporção que consigo me permitir,

Te gosto. E muito.

Gosto numa intensidade muito além do que deveria.

Eu, tento fingir que não foi nada de mais...

E, continuo caminhando, a espera de que o pessoal lá

De cima decida o que faz.

Mas não posso ter você perto de mim.

Mas não posso insistir.

Não posso ficar; não posso lutar.

Também não posso fugir.

Permito-me, apenas, te deixar livre para seguir teu rumo;

Encontrar teu verdadeiro amor, tua alma gêmea.

Desejo que sejas feliz.

Desejo, de verdade, que encontre esse amor e siga em paz.

nouvellelune
Enviado por nouvellelune em 19/07/2009
Reeditado em 26/07/2009
Código do texto: T1708623
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