AMOR PELA FICÇÃO
Da ilusão, a aflição primeira, cresce a segunda aflição fundamental, o apego. O apego não é simplesmente o desejo, mas vincula qualidades desejáveis aos objetos e encobre as indesejáveis. O resultado é o anseio.
O apego é a conscientização deturpada na qual idealizamos um objeto: "Se eu conseguisse chegar lá, teria aquele emprego, aquela esposa, aquele carro, e, então, seria feliz".
A idealização cria uma ficção para a qual nos inclinamos. Quando combinamos uma pessoa com uma ficção sobreposta, podemos nos apaixonar pela ficção maravilhosa e mais tarde nos decepcionar achando que a pessoa "mudou".
B. Alan Wallace (EUA, 1950 ~)
"Budismo com Atitude", cap. 2