Da areia

Deus, como é bonito olhar pro fundo

E ver o mundo olhando a gente

E o horizonte é aquela ponte

Em que o poente

Encostou quente, num dourado relicário

E lá os carros piscam, fuscam luzes lisas que se espalham para as brisas até poder não mais brilhar

Daqui da areia, mais parecem vaga-lumes, festejando com seu lume outra noite de luar

Ode à nua, grande rua, espádua tua, que polui e que polua a luz esquálida refletindo

E a maré contorna nos teus pés a lua, e avança e recua e entre as curvas cai sumindo

Joao L Terrezo
Enviado por Joao L Terrezo em 15/07/2009
Código do texto: T1700816