Filme trágico;
Lá estávamos nós novamente
Tão presos quanto no inicio, em inspirações de verdade e buscas de compreensão
Eu como todo mocinho de filmes trágicos, com lágrimas nos olhos tentava explicar que eu deveria dizer adeus, que o ponto em que o fim se desenlaça é tão natural quanto o ponto em que nos vemos presos por ideais românticos e cegamente proferimos promessas que jamais poderíamos ver realizadas.
Você como toda heroína de filmes trágicos, usava de todo os seus subterfúgios e eloqüência para me fazer ver, o quanto ideal eu seria para sua vida, e que os nossos sonhos são visões reais de um futuro tão próximo e tangível quanto nosso amor, proferido diversas vezes por ambas as partes, e o quanto o adeus romperia nossas almas tão firmes e tão frágeis, que esse seria o maior revés que poderíamos cometer perante todas as nossas promessas de idealização.
Mas como eu poderia prosseguir preso aqui, a ela, como eu poderia ser egoísta o suficiente para pedir para que ela deixasse sua vida assim por mim, retirar suas esperanças de uma vida plena, normal, como eu poderia amá-la e pedir para que abrisse mão de seus direitos naturais, como eu poderia?
Espero que qualquer dia, ela possa entender, que possa compreender o adeus nesse momento, não será a morte do meu amor, mas a prova de que a amo completamente para deixá-la, deixá-la com toda a felicidade que poderia encontraria longe de mim, felicidade o suficiente para mante-la inteira, esperar que qualquer dia como qualquer filme trágico ela entenda.
Mas não hoje, não essa noite, pois essa noite não terá vencedores
Nenhum de nós esta pronto para realmente ceder.