História daquele dia...

Eu não queria mais nada... Minhas perguntas não precisavam mais de respostas concretas, exceto minhas ilusórias... Eu estava ouvindo em meu carro minha canção favorita, e por sinal, a mais triste, internacional, que me fazia chorar, mesmo sem tradução. Encontrei-me com alguns amigos num bar, atravessando a avenida... Me ocupei por duas horas... Paguei a conta, pois não precisava mais de nenhum centavo que estava em meu bolso... Voltei para minha decisão, entrei novamente no carro... Ao ligá-lo, um senhor, em prantos, me pede para levá-lo numa cidade à 10km de onde eu me preparava para repousar... Aceitei, na convicção de que a alta velocidade seria melhor aceita na ocasião... Abasteci, num cartão de crédito, e de graça. para o pensamento que existia dentro de mim... De repente, aquele favor valeu uma nova vida, aquele senhor me disse coisas que nem eu sabia direito que iria fazer, me contou tantas coisas da minha vida, que eu mal me recordava, mal adiantou pedir telefone... Eu acordei na beira de uma estrada, na qual eu imaginava... Voltar para morrer... (Rõmulo Ferreira)