Recordei-te

Recordei-te, não sei o porque, sei que o fiz e mais uma vez o choro sucedeu. Fiz tudo, escutei a tal música, li todas as tuas poesias. O sentimento já não há, o "nós" sucumbiu há muito tempo, talvez há mais tempo que do que eu penso, sucumbiu quando tu mentiste a primeira vez, morreu quando pronunciaste um "te amo" e não o sentias, sucumbiu em todos os instantes em que não eras feliz comigo e me enganaste.

Tenho um especial “obrigada” para ti, um agradecimento verdadeiro, cresci imensamente contigo, fizeste-me uma pessoa melhor ou pior, creio que em alguns aspectos tenha sido para pior, mas outros, outros sei desprovida de dúvida que sou outra pessoa graças a ti. Obrigada por alguns momentos (desejo crer que esses eram verdadeiros), por alguns vocábulos, por teres conseguido permanecer ao meu lado em alguns momentos que ninguém conseguiu. Penso que também devo agradecer por me teres tornado noutra pessoa em atitude e ideia em relação a você, a tua espécie tão complicada, que deixou de merecer grande parte de mim, grande parte do meu respeito, tu eras aquele que eu considerava o tal, mas não o foste, foste um pedaço de mau caminho, foste um príncipe que era mais um sapo, foste o sofrimento em forma de amor, foste o tudo no nada, foste tu que desiludiste, foste tu que me fizeste sucumbir, mas fui eu que me fiz renascer.