MEU PAI E O MEIO AMBIENTE (SUPER CULTURA)

Era ainda criança e ouvia meu pai dizer: Filha, não jogue lixo no chão, então, inoscente perguntava: Pai, por que? Filha, se vem a enchente, o lixinho mata a gente. É, mas eu não entendia, que um lixinho de nada, um dia me mataria. Me lembro quando o sol, muito se esquentava, e ele dizia:ô calor danado, calada eu ouvia, as reclamações que meu pai fazia: Também, o povo não entende, já cortaram aquela árvore ali da frente, e isto também, além de provocar enchente, deixa o ar confuso, saliente. É nesta infância, que todos os dias, ouvia do meu pai, mil e uma reclamações, era lá, pros 1.988, eu não conhecia a Internet, na rua tinha uma amiga de nome Janete, que fazia show na escola de verbetes, era prendada e tecia lindas colchas.

Tempo bom, nem tão distante, nem tão próximo.

Hoje, já fazemos curso superior a distância, e a ingnorância, cresce dia a dia. Lembro das coisas que meu pai dizia: Que frio fora de época, daqui a pouco esquenta, e o calor arrebenta, parece que o mundo vai acabar. Há anos, ouví isto, meu pai temia, por uma terceira guerra, temia pelos ataques de Israel, que hoje são comentários comuns. Morria de medo, quando ele falava em desemprego, a causa e o resultado, meu pai era militar aposentado, e naquela época, tínhamos mesa farta, mas, ainda sim, ele reclamava, que quando eu ou meus irmãos, passavamos de um quarto para o outro, não apagávamos a luz, e, lá ia ele, cômodo por cômodo, apagando cada um dos interruptores, com xingos e xingos, e dizia: Olha gente, isto é parte do meio ambiente, vai acontecer um dia, que viveremos só da luz do dia, que o governo vai cortar nossa energia. E eu nunca entendia. Já hoje, vivemos o racionamento, a globalização e muito mais.

Percebi, que tudo o que eu ouvia, tinha um fundo de verdade, com um pouco de maldade. Na hora de comer, ai, se deixássemos um grão no prato e novamente meu pai, zangado, voltava com o prato, e dizia: Termine de comer, porque a coisa não tá fácil não, eu luto para garantir o pão, e você debocham de mim, e, lá ia, um por um, limpar o prato, que nos servia, na hora de lavar cada prato, tínhamos que aproveitar a água do outro, e era assim: Ligávamos a torneira, e colocávamos um prato sobre o outro, depois desligávamos e passávamos a bucha com sabão, logo após ensaboados, ligávamos e a água do prato de cima, ajudava no enxague do prato de baixo. Era assim mesmo, tinha a hora do banho, e ele gritava: Assim que se despir, olha, tirem primeiro as roupas, quando estiverem nús, liguem o chuveiro e molhe o corpo, depois desliguem e ensaboem o corpo, somente depois de ensaboados enxaguem o corpo e pronto, banho tomado. Achávamos um saco, isto tudo, pois, meu pai vivia de um médio rendimento, que eu simplesmente via, que dava para um banho mais demorado, e para o enxague dos pratos mais caprichado, e um lixinho de nada no chão, não dava a ele razão, de nos fazer voltar, buscar o lixinho e jogar na lixeira, e o que que tinha, chover ou não? fazer frio ou calor? Isto, para mim, não tinha sentido, afinal, de qualquer modo, eu estava pronta, para curtir a vida.

Mas o tempo, passou, meu pai morreu, eu e meus irmãos crescemos, e somente depois de 21 anos, foi que percebi, que o mundo tá mesmo doidão, e que, ajudei querendo ou não, para que ele (o mundo) não houvesse acabado antes. Agora com meus filhos crescendo, sou uma chata cheia de conhecimentos, alguém que procura, a cura do meio ambiente, alguém, que se acha rica e muito mais muito inteligente. Meu filho de 03 anos e meio, é super consciente,levado, mas, consciente, minha filha de quase 13 anos, divide conosco a televisão da sala, e bate na porta do banheiro, se perceber demora, já marcou os dias para bater as roupas, e pediu ao pai, para colocar na cozinha sensor de presença, pois, adora entrar na cozinha e isto faz com que ela seja obrigada a encarar o escuro, para evitar ascender a cada minuto que vai à cozinha. Entenderam? O mundo ainda não acabou, nossa estória de geração perpetua, e nossas vidas precisam se alarmarem para que possamos, tomar drásticas medidas.

vivam a vida, e amem o meio ambiente.

Del Dias
Enviado por Del Dias em 06/07/2009
Código do texto: T1685563
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