SOMBRA

No silêncio, na sombra,
Como um ser invisível...
É como se não me vissem,
Ao som da brisa distante,
Pelos caminhos afora,
Nos labirintos de dentro,
Tão perto da alma,
Tão distante do tempo.
Tão intrínseca essa dor,
Conforma e aflora,
Ferindo meus dias,
Então choro, sempre sozinha,
À margem da vida.
No infinito da noite,
Quando ninguém mais percebe,
Mergulho na imensidão
Da dor que me concebe,
Ao final de cada desilusão,
Pois estou só
E nem eu mesma percebo.

Adriana Leal



Revisado por Marcia Mattoso