Jackson - de Cinco a Dez

by Soaroir de campos - 27/6/09

(http://pote-de-poesias.blogspot.com/)

Há uma concocção estranha nas substâncias deste sábado. Uma sensação gasosa que suga a coragem e extorque o ideário do cavalo alado, do cão de guarda e da andorinha que sempre faz verão no inverno. Tudo parado, enrodilhado, silencioso.Desapossaram as barafundas das manhãs do sétimo dia. Nem o beija-flor hoje apareceu para beber da água açucarada pendurada na varanda. Os feirantes, proibidos de berrar suas laranjas e seus tomates, negociam como se no Concilio de Trento. O dono não foi ao parque com sua cadela de estimação - e ela nem reclamou como de costume.

Happy ever after (felizes para sempre) não cabe no resíduo impróprio para a consumação deste dia. É só mais um dia, mas parece, de alguma forma, alterado ou estragado. Pode ser por que a borboleta não voou na África e nem a asa branca bateu asas no sertão, (ou) porque o Michael errou na dose do marketing e saiu sem trancar a porta, agora aberta para a saudade, de sua poesia e performance...