Quem sou eu 1 (16 anos)
quem sou eu: Sou o branco no preto, o preto no branco, e amo as duas cores. Mais o preto.
Tenho uma rápida variação de humor, mas nada de dupla personalidade. Costumo ser calmo, frio e paciente, mas facilmente sou levado pela cólera com afinco de um estressado psicótico. Mas não sou louco, embora não saiba dizer exatamente se precisam ou não ter medo de mim.
Gosto da solidão, assim como gosto das minhas companhias. Na solidão busco a reflexão. Filosofar é uma prática constante em minha vida, principalmente à noite. Meus olhos não procuram o que é fácil de se ver, mas sim o que vai além daquilo. Tal prática proporcionou-me uma fácil compreensão do sentimento alheio. Portanto, costumo saber o que a pessoa está sentindo pelo olhar, assim como sei também o diagnóstico para determinado problema. Já me enganei, mas faz parte do processo de aprendizagem.
Em companhia, procuro ser o mais espontâneo e divertido possível. Gosto de tornar minha presença o motivo de sinceras gargalhadas, ainda que eu precise me tornar o palhaço da história. Isso não significa que sou estável – Pelo contrário, muitas vezes, ainda perto de meus amigos, costumo me isolar. Preciso de tempo para pensar, colocar os pensamentos em ordem. Isso é algo que poucos conseguem entender. Não gosto de apego corporal, menos ainda que me prendam a qualquer tipo de corrente. Sou livre, não pertenço a ninguém.
Gosto de preto, e do branco também. Gosto de música pesada, gosto de música orquestrada. Gosto de comida japonesa, gosto do tempero mineiro. Gosto de coca-cola (loucamente), gosto de suco de milho. Gosto de olhar para as nuvens, gosto de olhar para as estrelas. Gosto de ir ao cinema. Gosto de tomar sorvete. Gosto de me encontrar com meus amigos. Gosto que durmam em minha casa. Gosto que gostem de mim. Gosto de política, gosto de filosofia, biologia, literatura, português e arte.
Odeio vermelho, odeio laranja. Odeio axé, odeio sertanejo. Odeio banana, odeio pimentão. Odeio Fanta laranja, odeio suco de banana. Odeio engarrafamento, odeio ar condicionado. Odeio ir ao teatro. Odeio jogar futebol. Odeio bebida alcoólica. Odeio ficar por ficar. Odeio falsidade, odeio mentira. Odeio física, matemática e derivados.
Sou um garoto novo, mas cheio de sonhos. São muitos, mas encaro mais como metas da qual certamente irei alcançar. Entre eles: Escrever um livro, ir a um jogo da copa com o Paulo e a Jéssica, visitar o museu do Louvre, visitar a Alemanha. Estranho? Sim. Impossível? Longe de ser. Quero também cursar jornalismo, letras, filosofia e economia. Sem contar o desejo de eternizar minhas amizades – Talvez o maior desafio dentre todos.
Sacrificaria-me facilmente por um amigo, mesmo conhecendo-o ontem. Aliás, nunca achei que tempo dissesse muito sobre amizade.
Não posso deixar de evidenciar que sou fascinado pelo potencial do ser humano, e pela vida em si. A arte é algo realmente estupendo. Fico impressionado com qualquer manifestação artística. Mas, dentre todas, a literatura e a música me tocam com maior profundidade. Quanto a vida, acho o viver em si a maior prova da existência de Deus.
Avalio e me baseio em peculiaridades, detalhes mínimos. Observo cada ponto dos dois modos possíveis. Um que me faz loucamente feliz. Outro que me dispõe ao mais obscuro abismo. Talvez por isso seja difícil me compreender, por quê o que sinto pode ser idiota para você.
Acredito e procuro plantar o bem sem precedentes. Acredito e procuro plantar o perdão sem rancor. Ainda que, por ser humano, exista ódio dentro de mim, consigo lutar contra ele com exatidão. Não foram poucas as vezes que perdoei atrocidades cometidas a mim. É uma liberdade acolhedora para a alma.
Não quero ser apenas um cidadão que nasceu, cresceu e morreu. Quero fazer algo de importante. Não por fama, mas por conhecer a necessidade do planeta de libertar-se das amarras, das correntes em que se auto-enclausurou. E eu irei conseguir, esteja certo disso.