Amigas minha...
As palavras são meu instrumento de tortura.
Trituram a alma,
transpassam o coração.
E, no fim, gotejam o rubro viscoso dos sonhos.
Minha ciência [experiência? evidência? demência?],
Corrobora a vida que nunca terei,
E as palavras? Elas riem-se das preocupações.
Das tolas aspirações.
Ah, palavras...
palavras...
Eram minhas amigas, companheiras
no momento em que o infortúnio
fortuito subjugava a mente enamorada.
Hoje martirizam a vida desprovida de expectativa,
a mente [estupidamente] contemplativa,
a menina [ironicamente] altiva!
Mas, já haviam me avisado!
“Amor é fogo que arde... ferida que dói...“
Só não me avisaram que o fogo marca,
E que a ferida perdura...