Atropa

Enquanto floresce, sua sede

sacia no escuro úmido das ruínas.

A escuridão sua amiga lhe encobre a face.

Esconde-se da vaidade,

pois é ela quem intoxica.

Mata!

Apesar de relutante, no entanto,

num ato de graciosa levianidade

mostra-se, e ao encantar-lhes,

mata!

Fincada firme ao chão,

tenta manter firme suas convicções

e foge da podridão, da solidão.

Ela foge de seu coração...

morre!

O desapercebido encontra nela

suave veneno.

O atencioso,

suposto alento.

Matam-se.

É criatura divina porque com suavidade,

traça destinos.

Cara, porque ao matar, morre-se.

E Bella, porque mantem-se sempre Dona!

Bella Dona
Enviado por Bella Dona em 16/06/2009
Código do texto: T1652143
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