Pensando uma Nova Arquitetura Hospitalar
Ao adentrarmos num recinto médico-hospitalar, a primeira coisa que constatamos é a brancura de grande parte das coisas. O piso é de cerâmica branca, as paredes são brancas, o balcão de atendimento é branco, e, no final das contas, essa mesma brancura que muita gente considera sinônimo de higiene e organização, passa a produzir no expectador um estado de tristeza, angústia, quase depressão. Toda aquela alvura parece querer transportar o paciente para um meio termo entre o Céu e a Terra, um local de preparação espiritual para o Paraíso.
Contudo, a arquitetura hospitalar do séc. XXI está começando a abandonar a idolatria do branco. Criou-se a cromoterapia, onde cada cor é usada para promover a melhoria na saúde do paciente. Os hospitais, as clínicas e os postos de saúde estão se tornando cada vez mais coloridos e cheios de vida. Ocorre a promoção da humanização dos ambientes médico-hospitalares. A infra-estrutura é toda projetada visando o bem do paciente e também dos seus acompanhantes. Portanto, a arquitetura hospitalar aperfeiçoa-se cada vez mais na sua funcionalidade, e a edificação que antes servia apenas para guardar os funcionários e os pacientes, agora é mais um instrumento de cura para o paciente. Tornando-se um símbolo socrático que esbanja vida, alegria e sensibilidade.