Lago do pensamento
Feche os olhos e imagine-se próximo a um lago à noite. A água deste lago é escura e barrenta. Ele é cercado por uma mata fechada. E como, imagine, você foi parar neste lugar? Abra os olhos e verá! “Alguém” te levou, e você se deixou levar! E agora o que fazer? Você já abriu os olhos, era isso que eu queria! O resto é com você! Experimente esse lago, ele é frio e gelado! Sinta-o tocar seus pés… trazendo-te lembranças, lembranças tristes e felizes de tua infância. Perceba-o chegar aos teus joelhos e te forçar a recordar de tua adolescência; daquelas pessoas insignificantes, que te causaram tanta dor; de tudo que te aconteceu... As águas já chegam ao teu pescoço; e você, o que fez? Ainda é tempo de voltar, você pode! Se não quiser, continue e você sentirá essa água penetrar por suas narinas, até chegar aos pulmões — te sufocando e fazendo aos poucos seu coração parar, e seu sonho se perder. E aí, a obra daquele que te levou a esse lugar estará completa. É isso que você quer?
“Não, eu não quero!”
12 de janeiro de 2009