Ontem à noite dei uma passeada aqui pelo Recanto
em váias salinhas e andei refletindo o que se pas-
sava naquela cabeçinha enquanto  o dono daquela sa-
linha escrevia seus textos.  E a  cada um eles avali-
ava os escritos.
Claro que enquanto escrvemos não o fazemos enquan-
to pensamos.  Esculpimos as palavras pra que saiam
perfeitas em ordem de rimas ou não, mas com o sen-
tido que nosso coração impõe.
Nossos pensamentos são corridos, tem pressa de expre-
sar o que está engasgado em nós.  Com a  escrita é
diferente, vamos pondo ordem e sentido.
O importante é respirar fundo antes de escrever. Sen-
indo. E seguir escrevendo.
Normalmente escrevemos o que vivemos. E o que esco-
colhemos nos leva sempre onde precisamos chegar.
Pelo menos no conto.
E não são fáceis as lições recebidas.  Nunca são indolo-
res.  Mas necessárias.
Muitos não escrevem o que estão passando. Inventam,
constroem uma história.  Outros quase sempre passam
naquele momento por aquilo..
Mas tudo isso de uma certa forma mexe com nossa au-
to-estima  machucam muitas vezes o amor próprio.
Mas nada disso deixa de ser uma prova de fogo pra
gente saber o quanto acreditamos em nós. E o quanto
precisamos uns dos outros.
Enquanto lia olhava pro céu e via as estrelas.
Elas sempre me guiam.   Também erram o caminho.
Não faz mal.  Chegar a gente chega.  Só demora um
pouco mais.
E... dai entendi as tantas frases e contos que li no Re-
canto.  Justificativas não achei.
E porque teria de acha-las?.  Cada um tem a sua.     
Mas me senti em paz com o que escrevi.
ysabella
Enviado por ysabella em 02/06/2009
Reeditado em 02/06/2009
Código do texto: T1628420
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