Pingos e Sonhos

Que vista da minha janela

Vejo quase todo o centro da cidade

E enquanto meu olhar sem destino vaga

Começa uma chuva tão inesperada, pra me distrair um pouco mais.

Não resisto a estender a mão

Vontade de nos pingos dessa linda chuva tocar

Logo começo com meu insistente hábito de acordada sonhar

“Eu e você sob essa chuva gelada

Surpreendes-me com um ardente beijo

Tão doce, já não sou mais dona dos meus desejos

É assim que me deixais, vulnerável

E embarco nesse ato

Enquanto as lágrimas caem sem cessar

Tão bom se apaixonar.”

Alguém se aproxima, consegue me acordar

Tirar-me desse transe hipnótico

Tão triste não ter alguém pra amar.

Quem é você que ainda não tem nome

Nem rosto pra eu poder na rua te conhecer

Existe apenas dentro de mim?

Quem sabe exista realmente alguém assim

E um dia seja meu.

Inimaginável Silva
Enviado por Inimaginável Silva em 30/05/2009
Código do texto: T1622427
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