Pingos e Sonhos
Que vista da minha janela
Vejo quase todo o centro da cidade
E enquanto meu olhar sem destino vaga
Começa uma chuva tão inesperada, pra me distrair um pouco mais.
Não resisto a estender a mão
Vontade de nos pingos dessa linda chuva tocar
Logo começo com meu insistente hábito de acordada sonhar
“Eu e você sob essa chuva gelada
Surpreendes-me com um ardente beijo
Tão doce, já não sou mais dona dos meus desejos
É assim que me deixais, vulnerável
E embarco nesse ato
Enquanto as lágrimas caem sem cessar
Tão bom se apaixonar.”
Alguém se aproxima, consegue me acordar
Tirar-me desse transe hipnótico
Tão triste não ter alguém pra amar.
Quem é você que ainda não tem nome
Nem rosto pra eu poder na rua te conhecer
Existe apenas dentro de mim?
Quem sabe exista realmente alguém assim
E um dia seja meu.