Que venha ao encontro meu, a grande ventania.
Que me jogue em qualquer parede, ou me desvie dos grandes abismos.
Mas que venha apressadamente.
Arremesse-me de um lado para o outro...

Que eu de olhos fechados lentamente desperte...
Quando a calmaria chegar.
Quando o chão eu volte a tocar.

Quando.

Outra vez acordar.
Recordar apenas...
E o suor do meu rosto.
Enxugar!

Despeço-me desses dias.
Mergulho em outras noites.
E volto ao encontro da velha e cansada ventania.
Que continua a mostrar-me o meu ofegante respirar

Que ainda não desistiu de segurar-me as mãos.
Enquanto rodopio mundo a fora!
Enquanto nada disso é verdade.

Enquanto escondo minhas asas bem diante dos despercebidos.
Enquanto ninguém me viu...
Por enquanto reescrevo os meus quereres.

Sempre!

alanee
Enviado por alanee em 28/05/2009
Código do texto: T1620336
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