Choro de um Escravo.
Solidão e Sofrimento,
Angustia e tristeza nas barcas horrendas.
Infâmia, acorrentam-me.
Sozinho a cá estou !
Cade minha mãe,
Cade minha África.
Só resta-me choro
e grilhões de cromo.
Nas águas turbulentas
chegamos a Terras sangrentas.
Descalços !
pisamos no acaso.
E a dor , afaga-nos como um tutor.
Tristeza e liberdade se confundem quase
que num milagre.
Lagrimas e ranger são
tributos que mais irei ter.
E minha Terra do outro lado,
fica aqui o meu desabafo,
de um escravo solitario !
( texto dedicado ao sofrimento de todos os "ESCRAVOS" que aqui pisaram. )