Brisinha 6

Sou o que eu sou.

O que eu semeei os poucos anos de vida que tive até hoje.

Algumas pessoas gostam outras não.

Sou o que eu quis ser.

Escolhi estar aqui.

Até mesmo indiretamente baseado em minhas ações.

Mas, no geral, eu quis vir até aqui.

Estou onde quis chegar, mas não vou parar aqui.

Sou o que posso ser.

Não tenho a compulsiva busca pela perfeição que todos têm.

Não me importo em ser como sou.

Não ligo pro que os outros pensam de meus atos.

Ajo como acho ser prudente;

às vezes acerto, às vezes não. É a vida.

Sinto muito por não ser como você quer;

sinto muito por não ser quem você sempre sonhou.

Sou simplesmente o que sou na esperança de encontrar alguém que me queira assim.

Não sou o reflexo do que você é comigo.

Sou independente dos seus atos;

não me rebaixo ao seu nível.

Sou o poeta de um mundo melhor, de um mundo pior, de um mundo de sonhos;

De um mundo real.

Canto o que sinto e o que sou e não ligo se haverá repercussão de minhas palavras.

Sou. Começo a ser à partir de sexta-feira à tarde;

Às 23h59 do Domingo eu já não existo.

Eu sou. Sou alguém que no momento vive cada dia como se fosse uma segunda-feira.

Sou alguém que se arrasta pelo espaço que se arrasta pelo tempo.

Sou. Sou e me contento em estar vivo.

Mentira. Às vezes sou alguém que preferia nem ter nascido.

Sou um alguém que sabe o que quer da vida, mas não sabe como chegar lá.

Sou. E se você leu minhas linhas até aqui, concluo que sou alguém que vale a pena.

Eu sou alguém que tem um talento, mas não tem uma oportunidade;

não sou alguém tão inescrupuloso ao ponto de mendigar uma chance.

Sou. Respiro, logo existo. Mas um dia encontrarei minha utilidade.

Sou alguém que quer fazer valer a pena.

Com você;

Ou sem você.

William Guilherme Sampaio [14/9/2008 01h42]