A BOMBA NO ANONIMATO
O artefato está dentro na realidade
Com sua aparência inócua
Sem nenhuma utilidade prática
Exceto ser apenas olhos
Suas vestes não são bonitas
A pergunta alguma ele responde
No canto da boca tem uma ironia
Como se a existência fosse nada
Aquelas ferrugens nas bordas
Mostram que há muito sua face não é tocada
De quem será que ele se despediu?
E quais serão os nomes de seus pais?
Mas ele insiste no silencio
E não teme a qualquer autoridade
Ela, na verdade, é que o evita
Enquanto toca o povo pro trabalho