Balanço
E ia à frente com o impulso que o balanço dava.
Ia alto, sorria, regozijava, era tudo tão perfeito: minha alegria, cabelos voando, menina.
Quando o balanço diminuía suas forças, eu sentada, meus pés ao chão, com toda rapidez impurrava meu corpo adiante para que sentisse mais prazer no embalo. E o céu era azul, via imagem de bichinhos em nuvens, cachorros, coelhos, ovelhas...eram assim pensamentos de menina.
E não havia medo, perigo, solidão. Perigo seria cair, se machucar? Não, não existia em mim este medo, perigo, havia uma paz duradoura, tranquila, que satisfaz. Era o doce sabor de ser criança num século em que havia inocência