Balanço

E ia à frente com o impulso que o balanço dava.

Ia alto, sorria, regozijava, era tudo tão perfeito: minha alegria, cabelos voando, menina.

Quando o balanço diminuía suas forças, eu sentada, meus pés ao chão, com toda rapidez impurrava meu corpo adiante para que sentisse mais prazer no embalo. E o céu era azul, via imagem de bichinhos em nuvens, cachorros, coelhos, ovelhas...eram assim pensamentos de menina.

E não havia medo, perigo, solidão. Perigo seria cair, se machucar? Não, não existia em mim este medo, perigo, havia uma paz duradoura, tranquila, que satisfaz. Era o doce sabor de ser criança num século em que havia inocência

Maria Del Carmen Trajano
Enviado por Maria Del Carmen Trajano em 11/05/2009
Código do texto: T1588018
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