O ARFAR DO SEXO

Quem veste os seus afetos tal luva nos dedos, nem permite doridos soluços. O arfar do sexo a tudo substitui. O corpo funga e geme. É o choro da parte que em nós não pensa, aquela que ardilosamente sempre comandou o mundo. Nestes tempos de “ficar”, amar é o desejo transbordado no eventual orgasmo e sêmen. Que venha o gozo. E nem importa o dia seguinte.

– Do LIVRO DOS AFETOS, 2005/2009.

http://recantodasletras.uol.com.br/pensamentos/1582869