O esquecimento.
Esquecemos a beleza do circo, da poesia e da risada. Esquecemos também que não é só a mágoa que contagia, que o choro pode ser de alegria, que na tv não é só tragédia que vende.
Esquecemos que as gotas do oceano são milagres da criação. Todas elas! E que o mundo se reinventa a cada segundo, a cada piscar de olhos e respirar do novo. Os pingos de chuva podem cair sobre nossas cabeças, podemos até pegar um resfriado, mas nos esquecemos que vale a pena correr o risco - para nos sentir mais próximos de nós mesmos outra vez!
Esquecemos também da beleza de um sorriso. Aquele sorriso que acalenta a alma e te faz desejar o nascer do sol para vê-lo novamente. Que te faria desejar morrer em troca daquela existência, te faria matar quem roubasse sua flor mais bela. E talvez te fizesse entender a razão de uma vida.
Todos devemos ter um pouco do sorriso da Mona Lisa e não precisar de razões para sorrir. O sentimento não precisa de significados, nem de pretextos. Mas de vontades e de sonhos.
Devemos voltar a acreditar nas palavras de um sonhador. Acredite em mim, se nada melhor aparecer no caminho. Porque eu não acredito em ninguém. E eu preciso disso também.
As coisas não irão mudar sem o nosso esforço. E no meio do caminho talvez percamos a distinção entre o suor, a lágrima e o sangue. Amanhã pode até ser um novo dia, mas talvez ele nem chegue, e hoje pode ser o último.
E então o pano de fundo irá se desfazer ao sabor do vento, sem escolher seus passageiros nem seus destinos. Quando isso ocorrer, não nos será mais permitido algo além do esquecimento.