Meu Futuro

Estou indo para casa.

Linda e desempregada.

Assim como queria.

Eu não choro.

Mas também não sorrio.

Não sinto tristeza.

Não sinto vazio.

O cansaço de outrora.

Já se despediu.

Já foi embora.

E agora o que resta é seguir adiante.

Olhar o desconhecido.

Se fazer intima dele.

O futuro ninguém sabe.

Suspeita-se.

Deseja-se.

O que foi feito.

Não será desfeito.

Talvez, feito de outra forma.

Despedidas são para serem executadas.

Fecha-se um ciclo.

Outro é iniciado automaticamente.

Entrego o meu futuro nas mãos de Deus.

Tranquilizo-me.

Porque sei.

Que em tais mãos eu estou segura.

Adriana de Freitas
Enviado por Adriana de Freitas em 06/05/2009
Reeditado em 25/09/2009
Código do texto: T1579305
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