DESPERTANDO DE UM SILÊNCIO...
Um silêncio profundo eu sinto em cada coisa a minha volta...
De meu peito nasce um grito aflito...
Mas meus lábios não emitem um só som...
Mas mesmo neste silêncio sinto a poesia presente...
Noto como ela é transcendente...
E mesmo na escuridão profunda ela é reluzente...
Ela chega a minha mente de maneira insistente...
Noto que o silêncio na realidade não existe...
Fecho os olhos e deixo em minha mente a poesia florescer...
Como louco ponho-me a escrever...
Palavras no começo sem nexo...
Que abafavam o silêncio...
Que estremeceu o meu ser...
Em convexo os sons surgem novamente...
De forma clara escuto agora...
Até mesmo o cair de um simples grão de areia...
E a sombra do silêncio é afastada pela luz de uma bela lua cheia...
E o silêncio vira poesia...
Que se transforma em uma bela melodia...
Que ao vento foi lançada...
Despertando e espalhando...
Seu reflexo aos quatro cantos do mundo...
(Ocram 30/04/04)